O ex -presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, será julgado por supostamente tentar realizar um golpe contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, depois de uma decisão do tribunal do país.

O painel de cinco membros do Supremo Tribunal votou por unanimidade a favor do julgamento.

Bolsonaro, 70, nega as acusações e diz que é vítima de “perseguição política” que visa impedi -lo de concorrer à presidência em 2026.

O julgamento pode prosseguir ainda este ano. Se considerado culpado, Bolsonaro pode enfrentar anos de prisão.

O painel foi encarregado de determinar se havia evidências suficientes para colocar Bolsonaro em julgamento.

O primeiro a votar na quarta -feira foi o juiz liderando o painel, Alexandre de Moraes.

Ele recomendou que Bolsonaro, assim como sete outros ex-funcionários do governo descritos pelo Procurador-Geral como “co-conspiradores”, fossem julgados pelos eventos que levaram ao invadido de prédios do governo por seus apoiadores em 8 de janeiro de 2023.

Os sete homens acusados ​​de serem co-conspiradores são:

  • Alexandre Ramagem, ex -chefe de espionagem
  • Adm Almir Garnier Santos, ex -comandante da Marinha
  • Anderson Torres, ex -ministro da Segurança
  • Gen Augusto Heleno, ex -ministro da Segurança Institucional
  • Mauro Cid, ex -assistente de Bolsonaro
  • Gen Walter Braga Netto, ex -ministro da Defesa
  • Gen Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex -ministro da Defesa

Os outros juízes também votaram a favor de Bolsonaro e os outros sete que estão sendo julgados.

Bolsonaro, ex -capitão do Exército e admirador do presidente dos EUA, Donald Trump, governou o Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.

Ele perdeu por pouco um escoamento eleitoral presidencial em outubro de 2022 para o rival de esquerda, Lula.

Bolsonaro nunca reconheceu publicamente sua derrota. Muitos de seus apoiadores passaram semanas acampando fora do quartel do exército, na tentativa de convencer os militares a impedir que Lula fosse empossado como presidente, programado em 1 de janeiro de 2023.

Uma semana após a inauguração de Lula, em 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Bolsonaro invadiram edifícios do governo na capital, Brasília, no que os investigadores federais dizem ser uma tentativa de golpe.

Partes dos prédios foram saqueadas e a polícia prendeu 1.500 pessoas.

Bolsonaro estava nos Estados Unidos na época e sempre negou qualquer ligação com os manifestantes.

Foi lançada uma investigação policial federal sobre os tumultos e os eventos que levam a eles.

Os investigadores disseram que encontraram evidências de que havia “uma organização criminosa” que “agiu de maneira coordenada” para manter o então presidente do Bolsonaro no poder.

Seu relatório de 884 páginas, que não foi estabelecido em novembro de 2024, alegou que “o então presidente Jair Messias Bolsonaro planejava, agiu e estava direta e efetivamente consciente das ações da organização criminosa com o objetivo de lançar um golpe e eliminar o governo democrático”.

O procurador-geral do Brasil, Paulo Gonet, foi ainda mais longe em seu relatório publicado no mês passado, no qual acusou Bolsonaro de não estar apenas ciente, mas de liderar a organização criminosa que, segundo ele, procurou derrubar Lula.

De acordo com o relatório de Gonet, o suposto trama incluiu um plano para envenenar Lula e atirar em Dead Alexandre de Moraes – o juiz da Suprema Corte que chefiou o painel que agora decidiu que o caso deveria prosseguir com o julgamento.

Bolsonaro sempre negou as alegações que, segundo ele, são politicamente motivadas e projetadas para impedi -lo de concorrer à presidência novamente.

Embora ele já esteja impedido de concorrer a cargos públicos até 2030 por alegando falsamente que o sistema de votação do Brasil estava vulnerável à fraude, ele declarou sua intenção de combater essa proibição para que pudesse concorrer a um segundo mandato em 2026.

No entanto, a decisão de quarta -feira da Suprema Corte colocou um obstáculo muito alto em seu caminho para uma possível candidatura.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here