Os líderes esperavam acalmar as tarifas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto apresentavam o bloco como defensor do multilateralismo.

Os líderes do crescente grupo BRICS estão se reunindo no Brasil para uma cúpula ofuscada pelas novas políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto apresentava o bloco como defensor do multilateralismo.

Os líderes, principalmente do mundo em desenvolvimento, discutirão maneiras de aumentar a cooperação em meio ao que eles dizem serem sérias preocupações sobre o domínio ocidental em sua cúpula de dois dias que começa no Rio de Janeiro no domingo.

O acrônimo do BRICS é derivado das cartas iniciais dos países membros fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O bloco, que realizou sua primeira cúpula em 2009, mais tarde acrescentou Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos como membros plenos. Ele também possui 10 países de parceiros estratégicos, uma categoria criada no ano passado, que inclui Bielorrússia, Cuba e Vietnã.

Mas, pela primeira vez desde que assumiu o poder em 2012, o presidente chinês Xi Jinping não participará pessoalmente, enviando o primeiro -ministro Li Qiang.

O presidente russo Vladimir Putin também perderá a participação pessoal, pois é procurado pelo Tribunal Penal Internacional (ICC) por seu papel na invasão de 2022 da Ucrânia. O Brasil, como signatário do estatuto de Roma, seria obrigado a fazer cumprir o mandado de prisão.

As ausências notáveis ​​estão levantando questões sobre a coesão e a influência global do grupo.

Agora presidido pelo Brasil, espera -se que os líderes da cúpula do BRICS acalmem as tarifas comerciais “indiscriminadas” do governo Trump, dizendo que são ilegais e correm o risco de prejudicar a economia global. Políticas globais de saúde, inteligência artificial e mudanças climáticas também estarão na agenda.

Os países do BRICS dizem que representam quase metade da população mundial, 36 % da área global da terra e um quarto da produção econômica global. O bloco se vê como um fórum de cooperação entre países do sul global e um contrapeso ao grupo dos sete (G7), composto por líderes de potências econômicas ocidentais.

No entanto, nos bastidores, as divisões são evidentes. De acordo com uma fonte citada pela agência de notícias da Associated Press, alguns estados membros estão pedindo uma posição mais firme na guerra de Israel em Gaza e seus recentes ataques ao Irã. A fonte solicitou o anonimato devido à sensibilidade das discussões. O presidente iraniano Masoud Pezeshkian e Abdel Fattah El-Sisi, do Egito, participarão da cúpula do Rio.

Mas Lucia Newman, da Al Jazeera, relatando do Rio, disse que o objetivo do grupo permanece claro.

“O objetivo do BRICS é exercer pressão para um mundo multipolar com governança global inclusiva para dar uma voz significativa ao sul global, especialmente no sistema comercial”, disse ela.

“Não é super organizado, nem tem um impacto global radical”, acrescentou Newman. “A verdadeira questão é: um BRICS expandido cujos membros têm sistemas e prioridades políticos muito diferentes formam um bloco suficientemente unificado para ter algum impacto significativo?”

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