China, França, Alemanha, Rússia e Reino Unido são as partes restantes de um acordo nuclear de 2015 alcançado com o Irã.
O Irã, a França, a Alemanha e o Reino Unido manterão negociações nucleares em Istambul, após avisos pelos três países europeus de que o fracasso em retomar as negociações levaria a reimposição de sanções internacionais em Teerã.
As negociações programadas para sexta -feira vêm depois que os ministros das Relações Exteriores das Nações da E3, como são conhecidas esses países europeus, bem como o chefe de política externa da União Europeia, realizaram seu primeiro telefonema na quinta -feira com o ministro das Relações Exteriores de Relações Exteriores Abbas Araghchi desde que Israel e os Estados Unidos atacaram instalações nucleares iranianas há um mês.
Os três países europeus, juntamente com a China e a Rússia, são os demais partidos de um acordo nuclear de 2015 alcançado com o Irã, do qual os EUA se retiraram em 2018, que levantaram sanções ao país do Oriente Médio em troca de restrições ao seu programa nuclear.
“A reunião entre o Irã, a Grã -Bretanha, a França e a Alemanha ocorrerá no nível do vice -ministro das Relações Exteriores”, disse o porta -voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, foi citado pela mídia estatal iraniana.
A E3 disse que restauraria as sanções das Nações Unidas a Teerã até o final de agosto se as negociações nucleares que estavam em andamento entre o Irã e os EUA, antes de Israel lançar um ataque surpresa, não retomar ou não produzir resultados concretos.
O Irã acusou os EUA de cumplicidade no ataque israelense, que matou os principais oficiais militares iranianos, cientistas nucleares e centenas de civis. Os EUA também lançaram greves em três principais locais nucleares iranianos, alegando que os “obliteram”. Um cessar -fogo entrou em vigor em 24 de junho.
“Se a UE/E3 quiser ter um papel, eles devem agir com responsabilidade e deixar de lado as políticas desgastadas de ameaça e pressão, incluindo o ‘snap-back’ para o qual não têm um terreno moral e legal”, disse Araghchi na semana passada.
Antes da guerra de Israel-Irã, Teerã e Washington mantiveram cinco rodadas de negociações nucleares mediadas por Omã, mas enfrentaram grandes obstáculos, como o enriquecimento de urânio no Irã, que as potências ocidentais desejam reduzir a zero para minimizar qualquer risco de armas.
Teerã sustenta que seu programa nuclear é destinado apenas a fins civis.
Avaliações do Oriente Médio
Também no domingo, o presidente russo Vladimir Putin realizou uma reunião surpresa no Kremlin com Ali Larijani, o principal consultor do líder supremo do Irã em questões nucleares.
Larijani “transmitiu avaliações da situação crescente no Oriente Médio e ao redor do programa nuclear iraniano”, disse o porta -voz do Kremlin, Dmitry Peskov, sobre a reunião sem aviso prévio.
Putin expressou “posições bem conhecidas da Rússia sobre como estabilizar a situação na região e o acordo político do programa nuclear iraniano”, acrescentou.
Moscou tem um relacionamento cordial com a liderança clerical do Irã e fornece apoio crucial para Teerã, mas não balançou com força atrás de seu parceiro, mesmo depois que os EUA se juntaram à campanha de bombardeio de Israel.