Getty Images Uma foto aérea de Vilnius Getty Images

Funcionários de Vilnius, capital da Lituânia, apresentaram um plano de evacuação que seria usado no caso de uma invasão da cidade.

Ele define como os 540.000 moradores da cidade seriam ordenados a sair se estivessem perto de ser invadido pelas forças inimigas.

A publicação do plano ocorre em meio a temores maiores sobre as ambições militares da Rússia na região, à luz da invasão em grande escala da Ucrânia.

A Lituânia, juntamente com os colegas estados do Báltico, Estônia e Letônia, há muito tempo alerta sobre a ameaça da agressão russa e investiu fortemente em defesa nos últimos anos.

Vilnius está localizado próximo à fronteira de 679 km (422 milhas) que a Lituânia compartilha com a Bielorrússia, um forte aliado russo.

A Bielorrússia hospeda milhares de tropas russas e foi usada como trampolim para a falhada tentativa de fevereiro de 2022 de capturar a capital ucraniana Kiev.

A Lituânia – um membro da Aliança Militar da OTAN – também compartilha uma fronteira com Kaliningrado, um exclusivo russo fortemente militarizado no Mar Negro.

O plano de evacuação revelado na quarta -feira identifica 150 rotas fora de Vilnius e atribui bairros com pontos de evacuação específicos, informou a emissora pública lituana LRT.

Os moradores seriam instruídos a evacuar por meio de avisos de SMS e sirene, com um sistema de comunicação de aplicativos dedicado também em desenvolvimento.

O plano pede que algumas estradas e uma ponte sejam expandidas para permitir o fluxo seguro e rápido das pessoas fora da cidade.

O prefeito de Vilnius, Valdas Benkunskas, enfatizou que qualquer evacuação seria um último recurso se uma defesa militar da cidade falhasse.

Ele disse que a publicação do plano não deve causar “pânico” e enfatizou que não implica uma ameaça crescente.

Um mapa mostrando Lituânia, Polônia, Kaliningrado, Bielorrússia e Rússia

O plano incorpora elementos de como a Ucrânia respondeu à invasão da Rússia, especialmente as maneiras pelas quais Kiev sofreu os primeiros dias de invasão em larga escala.

Autoridades disseram que o plano de Vilnius foi desenvolvido principalmente com uma invasão em mente, mas disseram que também pode ser implantado em caso de desastre natural, ataque nuclear ou um grande colapso da infraestrutura essencial.

A Lituânia fazia parte da União Soviética e declarou sua independência em 1990, após o que buscou laços mais próximos com a Europa Ocidental, inclusive ingressando na União Europeia.

Tem sido um defensor vocal da Ucrânia e, como seus vizinhos do Báltico, alertou repetidamente a ameaça que as ambições expansionistas do Kremlin poderiam posar para a região.

A Bielorrússia e a Rússia devem realizar exercícios militares em larga escala em setembro, o que poderia ver tropas estacionadas perto da fronteira da Lituânia.

Os estrategistas militares há muito consideram a chamada lacuna de Suwałki – um trecho estreito ao longo da fronteira da Lituânia, que corre entre Kaliningrado e Bielorrússia – uma potencial vulnerabilidade nas defesas da OTAN

Sua ocupação cortaria as rotas terrestres ligando a Polônia à Lituânia e ao resto dos países bálticos.

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