Os juízes no tribunal principal do Brasil estão debatendo se o ex -presidente Jair Bolsonaro deveria ser julgado por supostamente tentar realizar um golpe contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Um painel de cinco membros da Suprema Corte avaliará as evidências apresentadas pelo promotor-chefe, que acusa Bolsonaro de liderar uma conspiração para impedir que seu rival Lula assumisse o cargo depois que este venceu as eleições de 2022.

Bolsonaro, 70, diz que é vítima de “perseguição política”, com o objetivo de impedi -lo de correr novamente para presidente em 2026.

Espera -se que os juízes decidam antes do final de quarta -feira se há evidências suficientes para o caso ir a julgamento.

Bolsonaro já está impedido de concorrer a cargos públicos até 2030 Por alegar falsamente que o sistema de votação do Brasil estava vulnerável a fraudes, mas ele declarou sua intenção de combater essa proibição para que ele possa concorrer a um segundo mandato em 2026.

Bolsonaro, ex -capitão do Exército e admirador do presidente dos EUA, Donald Trump, governou o Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.

Ele perdeu por pouco um escoamento eleitoral presidencial em outubro de 2022 para o rival de esquerda, Lula.

Bolsonaro nunca reconheceu publicamente sua derrota. Muitos de seus apoiadores passaram semanas acampando fora do quartel do exército, na tentativa de convencer os militares a impedir que Lula fosse empossado como presidente, programado em 1 de janeiro de 2023.

Uma semana após a inauguração de Lula, em 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Bolsonaro invadiram edifícios do governo na capital, Brasília, no que os investigadores federais dizem ser uma tentativa de golpe.

Partes dos prédios foram saqueadas e a polícia prendeu 1.500 pessoas.

Bolsonaro estava nos Estados Unidos na época e sempre negou qualquer ligação com os manifestantes.

Foi lançada uma investigação policial federal sobre os tumultos e os eventos que levam a eles.

Os investigadores disseram que encontraram evidências de que havia “uma organização criminosa” que “agiu de maneira coordenada” para manter o então presidente do Bolsonaro no poder.

Seu relatório de 884 páginas, que não foi estabelecido em novembro de 2024, alegou que “o então presidente Jair Messias Bolsonaro planejava, agiu e estava direta e efetivamente consciente das ações da organização criminosa com o objetivo de lançar um golpe e eliminar o governo democrático”.

O procurador-geral do Brasil, Paulo Gonet, foi ainda mais longe em seu relatório publicado no mês passadono qual ele acusou Bolsonaro de não estar apenas ciente, mas de liderar a organização criminosa que, segundo ele, procurou derrubar Lula.

De acordo com o relatório de Gonet, o suposto trama incluiu um plano para envenenar Lula e atirar em Alexandre de Moraes – um dos cinco juízes da Suprema Corte agora encarregados de decidir se o caso deve prosseguir.

O painel de cinco membros agora terá que determinar se há evidências suficientes para colocar Bolsonaro e outros sete acusados ​​de serem seus co-conspiradores em julgamento.

Bolsonaro negou qualquer irregularidade o tempo todo e na segunda -feira ele afirmou novamente que era inocente.

Falando em um podcast de rádio, o ex-presidente disse que “não estava preocupado com as acusações” e que tinha “bons advogados” representando-o.

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